A colecistopatia calculosa é chamada popularmente de pedra na vesícula, também conhecida como cálculo na vesícula, colelitíase.
Para entender melhor o que acontece, a vesícula biliar é um órgão de aproximadamente 8-12 centímetros que fica situado perto do fígado e parece uma bexiga . A função deste órgão é armazenar a bile que é produzida no fígado. Quando nos alimentamos a vesícula é estimulada e se contrai, eliminando a bile no duodeno (parte do intestino), para auxiliar a digestão.
A bile é composta basicamente de três substâncias que são o colesterol, os sais biliares e a lecitina. Normalmente a bile é um líquido fluido e de coloração verde escuro. Quando há o aumento na quantidade normal de uma dessas substâncias, esta pode se tornar insolúvel e começar a se precipitar formando os cálculos, ou seja, as pedras.
Algumas pessoas têm mais facilidade no desenvolvimento das pedras na vesícula, como as mulheres, pessoas acima do peso ideal ou aquelas que perderam peso muito rápido, hereditariedade, gravidez e a dieta alimentar também são fatores que aumentam o risco.
E quais são os sintomas da pedra na vesícula?
A maioria das pessoas com pedras na vesícula não sente nada.
Mas outras podem apresentar dor abdominal do tipo cólica, geralmente no epigástrio (“boca do estômago”) e um pouco mais para a direita logo abaixo das costelas e nas costas. A dor piora geralmente após a alimentação, mas pode acontecer quando sentirmos o cheiro de alguns alimentos como frituras por exemplo. Náuseas, vômitos e sensação de digestão ruim, também são comuns. A intensidade e a frequência dos sintomas variam muito entre pessoas e num mesmo paciente durante o curso de sua doença.
É muito frequente o paciente assintomático, durante exames de rotina, ser diagnosticado com cálculos na vesícula através de ultrassonografia de abdome. Nestes casos, a pergunta mais frequente é: “Devo operar mesmo não sentindo nada?” A resposta cabe ao cirurgião especialista que individualizará cada caso e decidirá pelo caminho com mais benefícios e menor risco ao paciente.
Muitos pacientes só apresentarão sintomas quando as complicações acontecerem, nestes casos podem apresentar dor intensa, febre e icterícia (amarelão da pele e dos olhos). Nestas situações, o tratamento deve ser realizado imediatamente e o risco é maior. Portanto deve-se evitar complicações realizando diagnóstico e tratamento precoces sempre que necessários.
O melhor tratamento para os cálculos biliares é a cirurgia videolaparoscópica. A cirurgia é muito segura se for realizada por uma equipe médica capacitada e em hospitais com recursos e materiais adequados. O ideal é realizar o tratamento antes das complicações aparecerem.
Após a retirada da vesícula, algumas dúvidas são comuns como: “Posso viver bem sem a vesícula biliar?” “Posso comer de tudo depois da cirurgia?”
E a resposta é Sim! É perfeitamente possível viver sem a vesícula biliar, pois a bile, como já foi dito, é produzida no fígado. No início pode até haver alguma intolerância a alimentos mais gordurosos, mas com o passar do tempo não é necessário qualquer tipo de restrição alimentar.
A cirurgia realizada por videolaparoscopia, por equipe experiente e de forma eletiva, ou seja, sem urgência, o paciente geralmente recebe alta no dia seguinte, ficando no hospital menos de 24 horas.
O retorno às atividades depende muito do tipo de atividade profissional que a pessoa exerce e da disposição pessoal. Assim, há alguns pacientes retornam ao seu trabalho após três dias da cirurgia por exemplo.
Portanto, é essencial consultar cirurgião especialista para indicar melhor tratamento e seguimento em cada caso.
Contato
Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições